4.10.09

A noite

Espero que a torrente chuva nos embale em sonhos profundos...

e afague com um sopro nossas temporas
e que as espumas delisem sobre os pés flutuantes como quem faz cócegas em crianças
e toque sinceramente nossas costas como alívio depois do fogo

...a calmaria...

sobre a revolução do corpo sedento em águas salgadas de ondas que se debatem solitárias dos pensamentos distantes...
a melancolia do silêncio do dia sombrio...
a respiração ofegante de quem está em alto mar...

e corre... o risco... horizonte...
de vir à superfície ou se perder de vez em alto mar...

e num sorriso sob o guarda-chuva
a
gota
d'água
...

inundemo-nos...
mesmo que o sentimento escorra de nossas mãos...
(por Natássia Garcia)
Escrito em 25 de outubro de 2004

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